O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou dois homens investigados por participação na tentativa de mega-assalto a transportadora de valores Protege em Guarapuava, em 17 de abril. O ataque, executado no modelo conhecido como novo cangaço, terminou com um policial militar morto

Segundo o Ministério Público, os dois homens denunciados foram detidos em maio e junho. Eles permanecem presos.

A denúncia criminal do MP foi apresentada na terça-feira (26) contra Anderson Parra Pereira e Sidnei Alves Pinto. Contra eles, pesam os crimes de latrocínio, porte de armas de uso restrito, sequestro de oito pessoas que foram usadas como escudo humano, cinco incêndios e dano ao patrimônio público

Segundo o MP, para foi o primeiro a ser preso. Ele foi localizado em Hortolândia, São Paulo, e está detido desde 8 de maio.

Segundo o MP, o homem apresentava sinais de implante de pinos no rosto quando foi preso. À época, ele disse para a polícia de SP ter se ferido em um capotamento na fuga de Guarapuava.

Ainda segundo o Ministério Público, exames de DNA confirmam que o material biológico encontrado em um dos veículos acidentados na fuga é de Parra.

O outro denunciado é Sidnei Alves Pinto, conhecido como ''cigano''. Ele foi detido em 1º de junho, em Guarujá, no litoral paulista, em ação conjunta das polícias de SP com a polícia paranaense.

Segundo o MP, a participação dele no crime é tratada com sigilo para não atrapalhar as investigações, mas o órgão afirma que o homem é considerado uma das principais lideranças de uma facção criminosa.

Análise

Protocolarmente, a Justiça tem 10 dias para analisar a denúncia e decidir se aceita, ou não, a argumentação do MP. Se julgar necessário, a Justiça pode pedir mais prazo para análise.

Caso sejam condenados por todos os crimes denunciados, os investigados podem pegar pena de até 53 anos, segundo o Ministério Público.

O caso

A invasão a Guarapuava foi no final da noite de 17 de abril. Bandidos atacaram a sede do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) com tiros e atearam fogo na em veículos na frente do quartel. Na ação, um policial foi atingido com um disparo na cabeça e morreu dias depois.

O alvo dos assaltantes era a transportadora de valores. Eles chegaram a entrar no prédio, mas segundo a polícia, não conseguiram chegar até o cofre e fugiram sem levar dinheiro.

Com informações do g1.globo

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