Minas Gerais é o segundo estado do país com o maior número de condutores, com carteira nacional de habilitação (CNH) nas categorias C, D ou E, que precisam fazer o exame toxicológico nas próximas semanas.
No Brasil, apenas 15% dos 4,5 milhões de motoristas que precisam fazer o exame até o fim de dezembro, regularizaram a situação. Caso os condutores de veículos como caminhões, ônibus e vans não regularizem o documento, estão sujeitos a multa e suspensão do direito de dirigir por até três meses.
Segundo a Diretora de Comunicação da Associação Brasileira de Toxicologia, Camille Lages, o cenário é preocupante, já que o exame nunca deixou de ser obrigatório, porém, com a pandemia e vários adiamentos, isso foi gerando desinformação.
O exame tóxico-psicológico nunca deixou de ser obrigatório para as categorias C, D e E. O que aconteceu foi que, com a pandemia e vários adiamentos, isso foi gerando uma grande desinformação. Em outubro deste ano, essa multa automática voltou a valer e o governo deu essa possibilidade desses motoristas se regularizarem até o dia 28 de dezembro.
O governo começou a exigir a realização dos exames a partir de 1º de julho, com isso, motoristas que estiverem com seus exames toxicológicos pendentes terão até o final de 2023 para realizá-los.
Ainda segundo a Diretora de Toxicologia, a melhor alternativa agora, é que os motoristas vão quanto antes renovar o documento.
Isso pode gerar um grande problema no final do ano. Nós temos as festas de Natal e Ano Novo. Uma maior movimentação e entregas, de turismo, de tudo. Então a gente pede realmente que esses motoristas vão quanto antes para evitarem filas.
A atualização do exame toxicológico é obrigatória a cada dois anos e meio, inclusive para os condutores das categorias que não estão atuando profissionalmente. Alisson Coimbra, Médico e Diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego, também se diz preocupado com a baixa procura pela realização do exame. Segundo ele, o procedimento é fundamental para manter a segurança no trânsito.
Ele é um exame obrigatório para condutores de veículos de grande porte, caminhão, carreta, ônibus pela possibilidade de tragédias em acidentes envolvendo esses veículos. Infelizmente nós sabemos que o uso de drogas para alguns desses motoristas é uma realidade, porque eles buscam inicialmente uma forma de superar jornadas exaustivas, tentando vencer o sono.
Caso o motorista não regularize o documento, a multa é considerada gravíssima, adicionando sete pontos na carteira, com penalidade de multa no valor de R$ 1.467,35 e, em caso de reincidência, no período de até 12 meses, multa R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir.
Fonte: Itatiaia