Foto: Divulgação/PMSP

Com um histórico de envolvimento em roubos a bancos, Marcelo Adelino de Moura, o China, preso em maio deste ano, planejava um atentado contra o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que seria morto em uma emboscada. A informação foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada por O GLOBO.

Em 2012, Marcelo Adelino de Moura foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, acusado de integrar a quadrilha que invadiu e assaltou a empresa Protege, de transporte de valores, em Santo Amaro. China foi acusado de latrocínio tentado, formação de quadrilha armada e porte de armas e de munição de uso restrito.

A quadrilha chegou às proximidades da empresa durante a madrugada em um ônibus, que foi estacionado sobre um bueiro. Em roupas de mergulho, os criminosos entraram pela rede de esgoto. Por cerca de dois meses, ele cavaram um túnel de 15 metros no local para ter acesso a uma sala da transportadora onde estavam guardados R$ 14 milhões. As notas foram colocadas em sacos plásticos, e transportadas em botes infláveis pelas galerias pluviais até a saída. A quadrilha, no entanto, foi surpreendida pela Rota.

Dois criminosos, que já se encontravam no interior do ônibus, trocaram tiros com os policiais e morreram. Na direção do veículo, Marcelo Adelino de Moura deixou o local em fuga, mas colidiu com um poste na esquina das Avenidas João Carlos da Silva Borges e Professor Alceu Maynard Araújo. Ele acabou preso.

Na época, a Polícia Civil de São Paulo apontou que o grupo tinha ligações com os mesmos criminosos por trás do roubo ao Banco Central de Fortaleza, em 2005.

Condenado a mais de 30 anos de prisão, Adelino de Moura foi para o semiaberto em 2020. Em maio deste ano, no entanto, ele voltou a ser preso policiais militares do Comando e Operações Especiais (COE) no bairro Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo. "Após a prisão, identificou-se que o indivíduo fazia parte de um grupo que planejava um ataque contra o secretário da Segurança Pública", afirmou a pasta por meio de nota.

Na ocasião de sua prisão, os policiais militares apreenderam dois fuzis e duas mil munições de grosso calibre, além de R$ 100 mil em espécie e pacotes de cocaína.

Fonte: oglobo