Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) viveu, nesta terça-feira (2), um dos momentos mais marcantes de sua história: a posse da nova diretoria nacional, das secretarias e do Conselho Fiscal para o quadriênio 2025–2029. O evento consagrou a eleição de Sônia Maria Zerino da Silva, que se tornou a primeira mulher a presidir a entidade — um marco que repercute em todo o movimento sindical brasileiro, especialmente por Sônia ser também a primeira mulher a assumir a presidência de uma central sindical nacional registrada.
O auditório da LBV, em Brasília, reuniu representantes das centrais sindicais, de sindicatos, federações e confederações de todas as regiões do país, além de parlamentares, lideranças históricas, convidados e familiares. Entre as autoridades presentes estavam o senador Paulo Paim, Rosane da Silva, secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, e o diretor da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), André Grandizoli, que representou o ministro Luiz Marinho e o secretário Marcos Perioto.
Um marco para a história do sindicalismo
Ao assumir o posto mais alto da NCST, Sônia destacou a simbologia e a responsabilidade de ser a primeira mulher a ocupar o cargo. Em seu discurso, afirmou que chega acompanhada “da força de todas as trabalhadoras e trabalhadores que acreditam no poder transformador da união”, reforçando que sua presidência representa um ponto de partida para que mais mulheres ocupem espaços de liderança no sindicalismo.

Ela reafirmou compromissos essenciais da Central: fortalecimento da unicidade sindical, defesa do sistema confederativo, custeio sindical, combate à violência e ao assédio, valorização dos aposentados, da juventude e dos trabalhadores precarizados, além do fortalecimento das negociações coletivas.
“A minha presidência não é um ponto de chegada, é um ponto de partida”, declarou.
MTE reforça a importância institucional do momento
Em nome do Ministério do Trabalho, André Grandizoli destacou a relevância histórica da posse de Sônia Zerino. Ele ressaltou que sua eleição reafirma o compromisso da Nova Central com a diversidade e com o reconhecimento do papel fundamental das mulheres na construção de um país mais justo.
Grandizoli elogiou a trajetória de Sônia — marcada por coragem, dedicação e defesa incansável dos direitos dos trabalhadores — e afirmou que sua chegada à presidência abre novas perspectivas para um sindicalismo que dialoga, constrói pontes e fortalece a democracia.
O representante do MTE reforçou ainda que o Ministério se mantém aberto a um diálogo permanente, franco e construtivo, desejando sucesso à nova presidente e a toda equipe.
Senador Paulo Paim: homenagem e compromisso com a luta das mulheres
O senador Paulo Paim prestou homenagem emocionada à nova presidente, ressaltando sua importância política e sindical. Ele destacou a trajetória de Sônia, sua resistência e relevância para o movimento sindical. Também celebrou a força das mulheres na luta por direitos, citando o protagonismo da deputada Érika Hilton na pauta pelo fim da jornada 6x1: “Foi uma mulher que carimbou essa luta pelo fim da jornada 6x1. Um combate de todos nós. Já avançamos com pautas importantes, mas podemos mais com o apoio do movimento sindical.”
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Despedida emocionante de Moacyr Auersvald
O ex-presidente da NCST, Moacyr Auersvald, fez um discurso marcado por gratidão e memória. Relembrou desafios de sua gestão, homenageou lideranças históricas como Calixto Ramos e destacou conquistas fundamentais do movimento sindical.

No momento mais simbólico da cerimônia, Moacyr entregou simbolicamente “a chave da Nova Central” à nova presidente, declarando:
“Nesse momento, a nossa liderança está na sua mão. Deus te proteja e os anjos da guarda iluminem seu caminho.”
Uma celebração da diversidade, da luta e do futuro
A posse da nova diretoria da NCST não representou apenas uma transição administrativa, mas a consolidação de um novo ciclo de esperança, renovação e fortalecimento do movimento sindical brasileiro.
Ao encerrar sua fala, Sônia deixou uma mensagem que sintetiza o espírito da noite: “O sindicalismo do futuro será plural, será justo e será inclusivo — ou não será.”
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A Nova Central inicia, assim, um capítulo histórico, conduzido por uma liderança que simboliza resistência, transformação e o futuro da classe trabalhadora.


