Diante da crescente onda de assaltos praticados às empresas que transportam valores elevados, SINTTRAV-MG, representado por nossos presidente e diretor financeiro, respectivamente, Emanoel Sady e Eli Arifa, esteve no último dia 30 de novembro na Câmara dos Deputados para audiência pública na Comissão de Segurança, que discutiu sobre a federalização dos crimes contra transportadoras de valores.
A audiência foi presidida pelo deputado federal Arthur Maia (PPS/BA), autor do requerimento, e contou com a participação de várias lideranças sindicais e autoridades, entre elas CONTRASP - Federação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada, FINTRAVE - Federação Interestadual dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte de Valores , ABVT -Associação Brasileira de Transporte de Valores, FEBRABAN - Federação Nacional dos Bancos e FENAVIST - Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores. Contou também com a presença do delegado federal Dr. Luiz Flávio Zampronha, da Divisão de Combate a Crimes Financeiros da PF, secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, o inspetor João Francisco de Oliveira, chefe da 1ª delegacia da Polícia Rodoviária Federal, entre outras autoridades, quando, na ocasião, ocorreu amplo debate sobre crime organizado e seu ataque às transportadoras de valores.
O que se viu na audiência é que existe uma desarmonia entre as corporações policiais federal, civil e militar, que não se comunicam entre elas, o que facilita em muito a atuação do crime organizado no território nacional.Enquanto "coexistir vaidade das autoridades policiais, o crime organizado nadará de braçada", alerta presidente Emanoel Sady.
Audiência serviu também para escancarar o desencontro de informações das Polícias. Para se ter uma ideia, uma arma apreendida em são Paulo não é comunicada à Polícia Federal. Ficou evidente a necessidade da unificação de informações e uma base dados nacional.
Quem perde com isso são os vigilantes de carros-fortes e, ESPECIALMENTE, a sociedade, que ficam a mercê da criminalidade. Por isso, pedimos socorro às autoridades na melhoria de segurança e melhores condições de trabalho aos trabalhadoresde transporte de valores, afinal não há investimento superior à vida humana. Ao final da audiência, após nossa reivindicação, ficou definida criação de uma comissão para encaminhar propostas urgentes para o combate ao crime organizado e melhoria na segurança dos vigilantes. Estaremos representados por nossa Federação e Confederação.
Estatísticas!
A Associação Brasileira de Transporte de Valores estima que apenas nos últimos meses foram roubados cerca de R$150 milhões dereais em assaltos às suas bases operacionais. Importante frisar também o fator mais preocupante: as inúmeras vidas humanas tiradas por criminosos. Apenas no ano passado, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Pública (CONTRASP) foram 1.252.489 explosões e arrombamentos. Além disso, foram 794 assaltos/tentativas a caixas eletrônicos. Também foram registrados 71 ataques a carros-fortes em todo pais.
SINTTRAV-MG reúne-se com membros da CONTRASP para reunião
No último dia 25 de novembro, dias antes da audiência pública, Sindicato esteve reunido com a CONTRASP para tratar, além de outros assuntos, sobre questões referentes ao porte de arma para vigilante e melhorias para o segmento de transporte de valores, especialmente acerca dos projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional, entre eles aprovação no Plenário da Câmara dos Deputados do Estatuto da Segurança Privada (PL 4238/12. de autoria do Senado), que regulamenta a atuação das empresas de segurança privada e de transporte de valores e disciplina detalhes da segurança em bancos.Como a matéria foi modificada, ela retorna ao Senado para nova votação.