O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, informou que a categoria decidiu nesta terça-feira (5), em assembleia, pôr fim à greve que começou em abril.

Os servidores do BC reivindicavam reajuste salarial e reestruturação de carreira, o que não foi atendido pelo governo federal. O prazo para a concessão de reajustes, pela legislação, acabou nesta segunda (4).

Durante a greve, houve diversos adiamentos de alguns dados e relatórios, entre os quais o relatório "Focus", publicado semanalmente pelo BC com as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira.

Segundo o Banco Central, com o fim da greve, a divulgação dos relatórios será atualizada "assim que possível".

Reajuste em ano eleitoral

O prazo para concessão de reajuste se encerrou nesta segunda-feira (4), em razão da restrição imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em anos eleitorais.

O governo decidiu conceder reajuste linear de 5% para todos os servidores públicos federais, índice abaixo do pedido pelas categorias. No entanto, recuou da decisão e decidiu usar o dinheiro para liberar orçamento para ministérios.

Em junho, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o governo incluirá o reajuste para os servidores na proposta orçamentária de 2023. Segundo ele, também será prevista a reestruturação de carreiras no funcionalismo federal. O governo ainda não deu mais detalhes sobre o tema.

A proposta de Orçamento do próximo ano precisa ser enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

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