O contexto económico atual, marcado por uma elevada inflação, deverá afetar o setor da segurança privada, que cresce há sete anos consecutivos. Segundo revela a informa D&B, numa nota enviada às redações, este setor atingiu os 945 milhões de euros em 2021, o que representa um crescimento de 3,4% face ao ano anterior.

Contudo, "um contexto económico desfavorável quer para as empresas quer para os indivíduos afetará o setor em 2022, sendo de prever uma contenção neste crescimento, bem como a continuação de uma concorrência intensa entre os operadores para manter as quotas de mercado, o que se refletirá numa forte pressão sobre os preços", explica a empresa especializada em dados.

A atividade de vigilância é o segmento do setor que continua a gerar a maior fatia das receitas, tendo, em 2021, o volume de negócios avançado 3,6% para os 668 milhões de euros (71% do total). "As receitas provenientes da instalação, manutenção e gestão de sistemas de segurança também apresentaram um desempenho favorável, tendo aumentado 3,4%, para os 215 milhões de euros, o que representa quase 23% do valor total do mercado", acrescenta. 


O volume de negócios no setor de transporte de valores, por sua vez, fixou-se nos 62 milhões de euros, o equivalente a um crescimento de 1,6%.

O número de empresas com a correspondente licença administrativa do Ministério da Administração Interna para prestar serviços de segurança privada em Portugal manteve-se inalterado face a 2021 (86), mas diminuiu ao longo da última década. Comparando a 2012, há menos 24 empresas.

A maior fatia destas empresas está em Lisboa: são 40 operadores, o que equivale a cerca de 47% do total. Já o distrito do Porto acolhe 15 empresas (17% do total) e os de Faro e Braga cerca de 9% e 6%, respetivamente.

Fonte: jornaldenegocios

Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt