Foto: Sérgio Lima/AFP
Por RENATO ALVES | O TEMPO BRASÍLIA
Duas semanas após após suspenderem o movimento, os servidores do Banco Central (BC) retornam ao estado de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (3).
Eles querem reposição das perdas inflacionárias nos últimos anos, que chegam a 27%. Exigem o reajuste já no primeiro semestre deste ano.
Também pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.
A categoria suspendeu a greve em 19 de abril – ela havia sido deflagrada em 1º de abril –, alertando que voltariam a cruzar os braços caso não houvesse avanço nas negociações com o governo federal.
Mesmo com a greve suspensa, os funcionários continuaram a trabalhar em esquema de operação-padrão e a fazer paralisações diárias, das 14h às 18h.
Nos últimos dias, a apresentação de relatórios e estatísticas atrasadas foi retomada, mas as estatísticas de março estão atrasadas.
O desenvolvimento de projetos da agenda de modernização financeira também continua suspenso.
O início da segunda fase de consultas e de saques de valores esquecidos, que ocorreria na segunda-feira (2), foi adiado sem ter uma data determinada para a sua implementação.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, em live, que há uma insatisfação geral contra o reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo.
Bolsonaro reconheceu que o anúncio feito por ele desagradou em cheio os policiais federais, que esperavam um aumento maior, conforme prometido pelo presidente, e criou um efeito cascata entre as demais carreiras de Estado.
Esta semana, estão previstas assembleias dos policiais para definir se avançam para paralisações e outros atos.
Fonte: OTEMPO