A segurança privada registrou, no primeiro semestre de 2024, um total de 530.194 vigilantes contratados pelas empresas autorizadas pela Polícia Federal. Um aumento de 9,3% (45.121 novos postos de trabalho) em relação ao mesmo período de 2023.

Desse total, 505.862 atuam nas empresas privadas, como prestadoras de serviços. Os outros 24.332 estão empregados em empresas orgânicas, que são as empresas que têm a sua própria segurança. Os dados são do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, que apontou queda nos crimes contra o patrimônio.

A pergunta é: devemos comemorar a expansão deste setor da economia ou temos um problema a resolver? Um pouco dos dois. Para a Federação das Empresas de Segurança e Transporte de Valores, o dado é positivo.

“Quando a economia está avançando, as pessoas físicas e jurídicas costumam buscar um conforto maior para sua segurança. Ou seja, contratam tanto vigilantes, quanto segurança tecnológica, e aí cresce o mercado”, afirma Jeferson Nazário, presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores.

As contratações são principalmente para comércio, escolas e empresas, inclusive escolta armada para cargas valiosas.

Para residências, o custo de ter vigilante é alto, mas diluído quando se tratam de prédios. Para uma das maiores do país no setor residencial, Haganá Segurança, o que acontece nas ruas, sim, acaba por determinar novas necessidades do portão pra dentro.

"Como a cidade está sendo muito monitorada, isso acaba sendo divulgado em WhatsApp, grupo, o que aumenta a sensação de insegurança, como o senso de que as pessoas têm que fazer alguma coisa”, explica Chen Gilad, CEO da empresa.

Só no ano passado, o Brasil registrou, a cada minuto, mais de um roubo. As empresas brasileiras gastam, por ano, cerca de R$ 171 bilhões para tentar evitar episódios de violência.

Fonte: sbtnews