É a primeira vez desde 2018 que o segmento de segurança privada contrata mais do que demite. No primeiro semestre de 2024 o setor registrou 530.194 vigilantes trabalhando nas empresas autorizadas pela Polícia Federal, com a geração de 45.121 novos postos de trabalho, alta de 9,3% nas contratações ante o mesmo período de 2023.
É a primeira vez desde 2018 que o segmento de segurança privada contrata mais do que demite. No primeiro semestre de 2024 o setor registrou 530.194 vigilantes trabalhando nas empresas autorizadas pela Polícia Federal, com a geração de 45.121 novos postos de trabalho, alta de 9,3% nas contratações ante o mesmo período de 2023.
Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, lançado pela Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e divulgado em Minas Gerais pelo Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp-MG).
Segundo o anuário, na região Sudeste existem 973 empresas ativas de vigilância patrimonial, sendo 148 em Minas Gerais.
Estatuto
O presidente do Sindesp-MG, Renato Fortuna, defende a necessidade da aprovação do Estatuto da Segurança Privada.
"A Lei 7.102/83, que rege a segurança privada no Brasil, está em vigor há mais de 40 anos e não acompanhou a modernidade do setor e, portanto, encontra-se totalmente defasada”, avalia.
O setor cobra também um combate aos serviços clandestinos - que movimentam mais de R$ 60 bilhões por ano - e que colocam em risco a vida da população além de causar prejuízo financeiro aos cofres públicos.
Minas Gerais
O setor de segurança privada gera aproximadamente 35 mil empregos em Minas Gerais com mais crescimento previsto para este ano no segmento com pequenas, médias e grandes empresas. Belo Horizonte é a cidade que tem mais empresa de segurança em Minas Gerais.
Empresas
Ainda de acordo com o anuário, a análise dos dados da PF aponta que 4.978 empresas estão autorizadas a funcionar no país, crescimento de 3,6%. São 3.089 empresas privadas e 1.889 orgânicas, ou seja, companhias que não têm a segurança privada como atividade principal, mas se submetem às regras da Polícia Federal para gerirem a sua própria segurança.
Vigilante
Quando se analisa o perfil do vigilante em atividade, dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que 87% são do sexo masculino e 13% feminino.
Quase 70% têm entre 30 e 49 anos. A porcentagem de profissionais com ensino médio completo representa77,4% dos profissionais.
Outros 3% possuem curso superior completo. “Uma demonstração clara da evolução da atividade que emprega trabalhadores com grau de escolaridade acima do exigido por lei”, afirma o presidente da Fenavist.