A sessão de segunda-feira deixou a ressaca eleitoral da vitória de Lula da Silva no Brasil. Apesar de ser um evento nacional, tem consequências em todas as partes do globo. Também na Espanha, onde estão listadas várias empresas que têm uma parte importante de seus negócios no Brasil.
Uma das empresas com maior exposição ao Brasil é a Prosegur , por meio de sua subsidiária Cash, com 25% de sua receita neste país. Por sua vez, o Cash representa quase 44% do negócio total da controladora , que detém quase 80% das ações da subsidiária de cash management.
As eleições deixaram todas essas empresas em suspense e nesta segunda-feira foram vistas as primeiras reações aos resultados do segundo turno. Enquanto o Cash perdeu mais de 0,2%, a controladora ganhou 4%. Até agora este ano, porém, é a subsidiária que melhor evoluiu, perdendo pouco mais de 5 pontos para os quase 20 perdidos pelo grupo. Outras empresas que têm parte de sua receita no país sul-americano são Santander, Telefónica, Iberdrola, Mapfre ou Viscofan, entre outras. Nesses casos, os movimentos do dia foram de 1% que o banco cantábrico deu (dividendo descontado) a 2% que o teleco ganhou .
Segundo especialistas, os resultados devem ser bem recebidos pelo mercado, pois parece que, de um lado, Bolsonaro vai aceitar a derrota e, de outro, a estreita maioria com a qual Lula venceu, o que vai exigir alcançar acordos com o resto das forças políticas. Vale lembrar que durante o primeiro mandato do líder do Partido dos Trabalhadores, tanto a bolsa quanto a moeda se valorizaram graças ao forte crescimento econômico. "Assumindo uma transferência ordenada de poderes, o efeito é reduzir o risco político daqui para frente, e isso deve se refletir nos ativos brasileiros, que estão altamente desvalorizados", apontam na Gavekal Research.
presente na quinta-feira
Tanto a Prosegur quanto sua subsidiária, Cash, apresentarão seus resultados trimestrais nesta quinta-feira. “Espera-se que sejam bons e continuem a reconstruir os números que foram impactados pela pandemia”, apontam na Renta 4.
Com informações eleconomista.es