Depois da divulgação do balancete milionário, a Prosegur agora vem anunciar “investimento” em 350 mil horas de treinamento em segurança, tecnologia e sustentabilidade.

Só que tem um detalhe: A EMPRESA NÃO PAGA HORA EXTRA. Se cada hora fosse remunerada a R$ 20,00, estaríamos falando de mais de R$ 7 milhões que ficaram no bolso da Prosegur. Chama-se “treinamento”, mas na prática é economia em cima do suor do trabalhador.

“Investir em capacitação é apostar em uma empresa mais sólida, ética e preparada para liderar os desafios do amanhã”, diz a direção.

A REALIDADE? Carros-fortes caindo aos pedaços, sem manutenção, colocando diariamente em risco a vida de milhares de vigilantes no país.

O discurso digital x a VIDA REAL

A empresa se gaba da “Universidade Prosegur”, com cursos digitais acessíveis “a qualquer hora e lugar”. Só que na base de Belo Horizonte, a capital mineira, os vigilantes nem celular podem usar.

Aplicativos básicos como CNH digital, carteira do vigilante e até pagamento via Pix ficam proibidos.

Por quê? Retaliação. Uma forma de perseguir trabalhadores que denunciaram ao sindicato as péssimas condições da empresa.
É irônico: no papel, a Prosegur diz investir milhões em “tecnologia digital”. No dia a dia, pratica censura digital contra seus próprios funcionários.

A fachada de “ética” e A PODRIDÃO DOS BASTIDORES

O discurso oficial fala em “integração de tecnologia, ética e competências humanas” e na construção de profissionais “altamente qualificados”. Mas os bastidores mostram outra Prosegur:

  • ações no Ministério do Trabalho e no Ministério Público por práticas abusivas;
  • gerentes autoritários que praticam assédio moral coletivo;
  • ambiente de trabalho tóxico e doentio, com registros até de suicídio;
  • perseguição e demissões injustas contra trabalhadores que se organizam;
  • jornadas exaustivas que esgotam o físico e a mente dos vigilantes.

O marketing e A VERDADE

“Olhar atento para o futuro da segurança privada no Brasil e no mundo”, dizem eles. Mas quem olha pela saúde e segurança de quem sustenta essa multinacional?

É bonito na internet, em releases e balanços cheios de números e slogans.
Na realidade, a Prosegur mostra sua face de descaso, exploração e injustiça. Por trás do verniz corporativo, o que existe é uma podridão que adoece e ameaça a vida do trabalhador.

A empresa se apresenta como moderna e digital, mas trata seus vigilantes com práticas ultrapassadas e desumanas.

 

Matéria: Grupo Prosegur investe em 350 mil horas de treinamento no Brasil em 2024

Capacitação global reforça habilidades em segurança, tecnologia e sustentabilidade

O Grupo Prosegur capacitou 42 mil colaboradores no Brasil em 2024, com mais de 350 mil horas de treinamento registradas entre janeiro e dezembro, segundo dados divulgados pela companhia. Essa ação faz parte da estratégia global de desenvolvimento profissional, que totalizou 2,7 milhões de horas de capacitação nos 36 países onde a empresa atua. 

Formação adaptada a diferentes perfis e áreas de negócio

No Brasil, a Prosegur investiu na formação técnica e humana de seus profissionais, distribuídos em todo o território nacional. Por meio da Universidade Corporativa, plataforma digital integrada à intranet da companhia e acessível por qualquer dispositivo, a empresa disponibilizou cursos personalizados de acordo com cada perfil e linha de negócio:

  • SegurPro: segurança patrimonial;
  • Prosegur Cash: transporte e gestão de valores;
  • Cipher: cibersegurança.

Essa abordagem permite que competências essenciais sejam reforçadas, mantendo os colaboradores preparados para desafios atuais e futuros do setor de segurança privada.

Conteúdos-chave e certificações estratégicas

Em nível global, a empresa manteve foco no re-skilling e up-skilling com conteúdos sobre inteligência artificial, metodologias ágeis, cibersegurança, sustentabilidade e compliance. Além disso, investiu na obtenção de certificações estratégicas e ampliou a formação digital por meio de sua Universidade Corporativa, que atende mais de 177 mil colaboradores no mundo.

Segundo Nelson Dourado, diretor de Recursos Humanos da Prosegur no Brasil, “A Universidade Prosegur é uma ferramenta fundamental na nossa estratégia de desenvolvimento de talentos. Investir em capacitação é apostar em uma empresa mais sólida, ética e preparada para liderar os desafios do amanhã”

Democratização do aprendizado e inclusão digital

O catálogo de cursos online da Universidade Corporativa contribui para reduzir a exclusão digital e está alinhado aos planos de desenvolvimento profissional da empresa. Os conteúdos são adaptados conforme a realidade de cada país e personalizados de acordo com o colaborador, garantindo acesso tanto para equipes operacionais quanto administrativas, a qualquer hora e em qualquer lugar.

Em 2024, a companhia também ampliou sua oferta de idiomas, incluindo hindi, bahasa e chinês, além dos já existentes espanhol, inglês, português e alemão. Essa expansão garante a democratização do acesso ao conhecimento e incentiva o consumo de conteúdos transversais por meio de campanhas direcionadas a diferentes públicos internos.

Compromisso com desenvolvimento contínuo

Durante todo o ano, a Prosegur estruturou seus treinamentos de forma alinhada às constantes transformações do setor e às exigências do mercado de segurança. Com a integração entre tecnologia, ética e competências humanas, a empresa reforça sua posição de liderança e consolida seu papel no desenvolvimento de profissionais altamente qualificados.

Assim, a combinação entre formação técnica, diversidade de idiomas, uso intensivo de tecnologia e foco em temas estratégicos mostra que o investimento em capacitação contínua é uma prioridade para a Prosegur, que mantém um olhar atento para o futuro da segurança privada no Brasil e no mundo.

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