Companheiros e companheiras, no dia 14/08 (quinta-feira) realizamos a primeira reunião de negociação coletiva com a patronal para tratar do reajuste de salários e benefícios.
A reunião contou com a participação da diretoria do Sinttrav, do nosso departamento jurídico representado pelo Dr. Vinicius Nonato, além do presidente do Setvemg, Sr. Alexandre Magesk, do negociador Sr. Renato Franco, de representantes das empresas de transporte de valores e de seus departamentos jurídicos.
O início da mesa de negociação
A reunião começou às 14h. O presidente Magesk abriu os trabalhos cumprimentando os presentes e destacou que, neste ano, a meta da patronal é agilizar as negociações em todo o Brasil, especialmente no Sudeste, onde sindicatos compartilham a mesma data-base (MG, SP, DF e RJ).
Na sequência, o presidente do Sinttrav, Emanoel Sady, saudou os participantes e reafirmou a importância de garantir a data-base durante as negociações, defendendo a discussão das reivindicações enviadas à patronal.
Reivindicações prioritárias
Sady ressaltou pontos fundamentais da pauta:
Plano de saúde: os reajustes estão muito acima do que os trabalhadores têm recebido em seus salários, o que impacta de forma grave, principalmente os auxiliares de tesouraria, que recebem próximo a um salário mínimo e, muitas vezes, não conseguem arcar com o custo do plano.
Fim da escala 6x1: medida necessária para garantir mais qualidade de vida, especialmente aos vigilantes.
Reajuste salarial pelo INPC: insuficiente diante da inflação real sentida no bolso dos trabalhadores.
Descumprimento da Convenção Coletiva
O presidente do Sinttrav denunciou que diversas empresas vêm descumprindo a CCT:
Jornadas de 30 horas ininterruptas, sem intervalos para refeição e descanso;
Não implantação do PPR;
Excesso de punições e práticas antissindicais;
Assédio moral constante;
Perseguição a dirigentes sindicais;
Péssimas condições de trabalho.
"A nossa CCT precisa ser cumprida na íntegra por todas as empresas. Os trabalhadores devem ser respeitados. Se há algo que não é negociável, é a dignidade e o caráter. O que nos empenhamos em cumprir, tem que ser assim para todos. Não podemos aceitar uma CCT interpretada de forma diferente por cada empresa", afirmou Sady.
O negociador das empresas, Renato Franco, repetiu os mesmos argumentos de sempre: dificuldades do seguimento de repasse até mesmo da inflação.
Ainda assim, garantiu a manutenção da data-base e se comprometeu a negociar para buscar um acordo. Informou ainda que a patronal enviará a pauta para avaliação.
Já o presidente Magesk encerrou afirmando que a data-base será respeitada e que será construída uma agenda de negociações, conforme solicitado pelo Sinttrav.
Para finalizar, o presidente do Sinttrav, Emanoel Sady, pediu que as próximas reuniões sejam presenciais, proposta que será avaliada pela patronal.
Mobilização é fundamental
Companheiros, sabemos que a negociação não será fácil. Por isso, é fundamental que todos permaneçam atentos e mobilizados ao chamado do sindicato.
Só com unidade e luta garantiremos nossos direitos!
OUSAR LUTAR. OUSAR VENCER!