A Polícia Civil está procurando os criminosos responsáveis pela explosão a um carro-forte na BR-316, em Codó, ocorrida no último sábado (10). Até agora nenhum dos criminosos foi preso. A polícia acredita ser uma quadrilha especializada que estaria mudando de tática: o alvo agora seriam as empresas de transporte de valores e não mais as agências.
Para a Polícia Civil, pelo menos cinco assaltantes participaram da explosão ao carro-forte na rodovia estadual. Segundo a polícia, os bandidos estariam usando armas de grosso calibre de uso exclusivo das Forças de Segurança para cometer o crime. Nenhum integrante do bando foi identificado ou preso até agora, mas as buscas continuam sendo feitas nas cidades próximas a Codó e Caxias.
Na ocasião da ação criminosa os assaltantes interceptaram o carro-forte no meio da estrada, renderam os vigilantes e explodiram o veículo. Além de levarem o dinheiro que estava sendo transportado, os criminosos também roubaram as armas usadas pelos seguranças. A Polícia Civil não informou o valor da quantia roubada, mas disse que o carro-forte tinha acabado de sair de Codó carregado de dinheiro.
A suspeita da polícia é que os criminosos sejam os mesmos que praticaram um assalto parecido em junho deste ano, também na BR-316, próximo a cidade de Bacabal. Segundo as investigações, os bandidos atiraram no veículo, ordenaram que os vigilantes descessem e, assim como no último sábado (10), explodiram o carro de transporte de valores.
O superintendente da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), Augusto Barros, disse que está trabalhando com os estados do Pará, Tocantins, Piauí e até do Goiás, que não faz limite com o Maranhão, para conseguir juntar informações sobre a quadrilha e prender os envolvidos.
“É possível que seja a mesma quadrilha, mas não descartamos. Trabalhamos apenas com o cuidado de fazer todas as verificações antes, mas nós já temos indicações e obviamente acompanhamos em colaboração com as nossas congêneres de combate organizadas em outros estados que sofrem com o mesmo problema. Então, nós estamos em contato permanente com o estado do Pará, Tocantins, Piauí, e, inclusive os mais distantes como Goiás, que já não são estados limítrofes, mas que também nos auxiliam nas informações sobre esse tipo de quadrilha”, revelou o delegado Augusto Barros.
Para o delegado, chefe do departamento especializado em investigar o crime organizado no Maranhão, os assaltantes estariam mudando o alvo das agências bancárias para os carros-fortes. “Nós ainda não podemos falar de uma migração completa, mas nós podemos, até porque nós temos estados, como o estado do Pará que tem um número altíssimo de explosões a carros-fortes, Bahia também em outros casos em números muito superiores, mas obviamente em termos para nossos números, que são reduzidos, e isso chama a atenção e nós estamos atentos ao que pode ser sim uma mudança de opção”.
Fonte: G1