Quarta-feira, dia 12/06, ocorreu a primeira rodada de negociação do plano de Saúde dos trabalhadores em transporte de valores de Minas Gerais. Participaram na mesa de negociação, o Sinttrav, a corretora New Ness dando o suporte necessário e o patronal que é responsável pelo contrato.
Absurdo. A Unimed teve o descaramento de apresentar uma proposta de reajuste do nosso plano com o índice de 16.80%. O argumento é o mesmo, auto índice de sinistralidade, piso da enfermagem, reajuste dos médicos, pacientes com câncer e outros que não justifica mais.
Para que ter um plano de saúde se não podemos usar? Não podemos nem adoecer. A coisa está ficando feia. Temos trabalhadores no transporte de valores que cancelaram o plano de saúde, por não ter condições de arcar. Nossos reajustes salariais não acompanham o aumento do plano que vem sempre além da inflação.
Nós trabalhamos, conversamos com os trabalhadores nas bases e conseguimos baixar a sinistralidade.
E só para constar, as operadoras de planos de saúde registraram lucro líquido de R$ 3,33 bilhões nos primeiros três meses de 2024, o mais positivo para um 1º trimestre desde 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O resultado equivale a aproximadamente 3,93% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 84 bilhões.
Companheiros, recusamos a proposta da Unimed, e temos outra reunião agendada para amanhã dia 18/06 às 15h.
16.80% está descartado. A reunião com a Unimed não demorou nem 2 minutos e já mandamos a real. Volta lá e faz o dever de casa, porque nessas condições os trabalhadores não concordam.
Plano de saúde está ficando difícil. A gente adoece, porque trabalha demais, o excesso de jornada e também adoece quando vê o preço a pagar para o plano de saúde. Ou cai duro, ou dá um infarto.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Estamos sem saída. O jeito é fazer greve mesmo, pedir o plano de graça. Não estamos suportando mais.
Não está fácil, não está fácil.