A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN (TJRN) julgou mais um recurso da Operação Mamulengo, que investigou uma quadrilha especializada em roubo a bancos e carros-fortes no Nordeste.
O que a defesa pediu:
Anular as provas usadas contra os acusados
Dizer que as provas eram fracas;
Trocar a acusação de roubo para receptação (receber bens roubados);
Reduzir a pena de alguns acusados, alegando participação menor.
O que o tribunal decidiu:
Não aceitou os argumentos da defesa, porque não ficou comprovado que houve tortura, falsificação de depoimentos ou problemas no reconhecimento fotográfico;
Disse que mesmo que houvesse falha em uma prova, isso não anularia o processo, já que existem muitas outras provas (balística, apreensões, depoimentos em juízo, etc.);
Confirmou que o crime realmente aconteceu e que os acusados participaram.
O caso em si:
Em julho de 2017, os criminosos usaram armas de grosso calibre (fuzis e metralhadora .50) para atacar um carro-forte na RN-203 (município de São Pedro, RN);
Roubaram cerca de R$ 2 milhões e ainda destruíram o carro-forte com explosivos e fogo;
Também levaram as armas dos vigilantes.
A Operação Mamulengo (2018):
Cumpriu 52 mandados de prisão em vários estados (RN, SP, PR e MS);
Alguns presos já estavam em cadeias, mas mesmo assim continuavam praticando crimes de dentro delas;
Foram bloqueadas 57 contas bancárias suspeitas de movimentar dinheiro do crime;
Até um advogado ligado à facção foi preso.
Em resumo: a Justiça manteve as acusações e as condenações contra os envolvidos, entendendo que havia provas suficientes de que participaram de um grande assalto violento a carro-forte, dentro da atuação da quadrilha investigada na Operação Mamulengo.