Administradora das redes de caixas eletrônicos Banco24Horas, a Tecban tem investido em suas outras frentes de negócios para garantir a longevidade de sua operação na era digital. Há cerca de sete meses, assumiu discretamente o comando da empresa o chileno Patricio Santelices, que foi CEO da Transbank no país andino - mudou-se de mala e cuia com a família para São Paulo, onde já tinha vivido quando trabalhou no banco Safra e na GetNet, do Santander.
O mandato é diversificar a receita, hoje ainda 70% originada nas operações financeiras nos caixas físicos - a rede de ATMs acabou ganhando fôlego com o surgimento das fintechs já que, sem agências, elas buscam parceria para oferecer pontos físicos de saque ou consulta para seus clientes. E, ainda que o volume de demanda no Banco24Horas mostre que o sumiço do dinheiro em papel não vai acontecer tão cedo, a companhia já tem se adiantado.
A transportadora de valores TBForte, por exemplo, que abastece os ATMs, também começou a atender outros clientes, com transporte de eletrônicos, conta Santelices. A demanda tem sido crescente para os celulares que abastecem as lojas de operadoras, uma carga visada. ATBNet, operadora de telecom do grupo que era usada em benefício próprio, também começou a atender pequenas agências bancárias no interior. ATecban faz ainda a consultoria e a estruturação das chamadas agências lights para grandes instituições financeiras, que precisam de máquinas menores para determinados serviços, e não o ATM peso-pesado, com âncoras de 10 metros de profundidade.
Mas a companhia também busca caminhos no dinheiro eletrônico. Foi a primeira, por exemplo, a testar em piloto a Drex, a moeda digital criada pelo Banco Central brasileiro, engajada ainda no open finance.
Fonte: pipelinevalor