Em 2024, as mulheres registraram um crescimento maior na ocupação de vagas de trabalho formal do que os homens. O saldo dos empregos formais para homens cresceu 10% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Já o saldo para as mulheres aumentou 45%. Os dados são de um estudo do FGV Ibre, Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, que mostrou que esse crescimento contribui para uma redução da desigualdade no mercado de trabalho.
Ainda assim, em números absolutos, os homens ocupam a maior parte das novas vagas com carteira de assinada em todo o país. O salário médio deles também é maior do que o das mulheres.
Segundo o estudo, o crescimento expressivo no saldo feminino de vagas ocupadas no mercado formal gerou uma mudança na composição do saldo total de empregos geral. No acumulado de janeiro a agosto de 2023, cerca de 60% do saldo de empregos criados no Brasil foram ocupados por homens e apenas 39,6% por mulheres. Já no acumulado deste ano a participação das mulheres no saldo total subiu para 46,4%. Um aumento de quase sete pontos percentuais.
Em relação aos salários, o levantamento mostra que, em agosto de 2024, o salário médio dos homens foi de R$ 2.245. Já o salário médio de admissão das mulheres era de R$ 2.031.
Grande parcela do crescimento da mão de obra feminina no mercado formal ocorreu em ocupações como “Vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”, com mais de 250% de aumento.
Na ocupação “vendedores e prestadores de serviços do comércio” a participação delas dobrou, passando de 25% para 50%. Outro destaque é a participação das mulheres no saldo de “trabalhadores dos serviços”, que passou de cerca de 55% para 61,5% dos postos ocupados.
O estudo do FGV Ibre tem como base os dados do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
*Com informações da Agência Brasil.