Os três grandes bancos privados do país -Itaú (ITUB4)Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11)- tiveram um lucro acumulado de R$ 42 bilhões no primeiro semestre de 2025.

O resultado cresceu 19,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando somou R$ 35,1 bilhões, mesmo diante da alta dos juros e das incertezas econômicas.

Itaú

Mais uma vez, o resultado foi puxado pelo Itaú. Isso porque o banco entregou, sozinho, mais da metade de todo o lucro combinado de R$ 42 bilhões do setor.

Batendo recordes a cada trimestre, o Itaú apresentou um lucro recorrente de R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre, 14,1% maior que o do mesmo período de 2024.

O balanço foi marcado pela melhora da rentabilidade e pelo controle da inadimplência, além do crescimento da carteira de crédito e das receitas com prestação de serviços e seguros.

Com isso, o banco já antevê o pagamento de um dividendo adicional "importante" aos acionistas. O provento deve ser anunciado quando o balanço anual for fechado, no início de 2026.

Bradesco

📈 O Bradesco também se destacou, pois apresentou um resultado 33,7% maior que o do mesmo período de 2024, batendo as expectativas do mercado.

O banco lucrou R$ 11,9 bilhões no primeiro semestre de 2025, também com aumento da rentabilidade e das receitas. Além disso, registrou um leve recuo na inadimplência, graças à estratégia cautelosa no crédito.

Em processo de reestruturação, o Bradesco quer continuar acelerando os resultados. Tanto que elevou o guidance para as receitas de prestação de serviços e o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização neste ano.

"Superamos a marca de lucro de R$ 6 bilhões, mas ainda estamos longe de onde queremos chegar", disse o CEO, Marcelo Noronha, ao apresentar os resultados do segundo trimestre. Segundo ele, o plano é elevar a competitividade e a eficiência nos próximos meses.

Santander

Já o Santander apresentou um lucro líquido de R$ 7,5 bilhões no semestre, 18,4% superior ao do mesmo período de 2024.

Os últimos resultados do banco, no entanto, não empolgaram os analistas, por causa do aumento nas despesas com provisões para perdas.

Segundo o Santander, as despesas de provisão foram "pressionadas pelo cenário macroeconômico, uma vez que com juros altos, tende-se a elevar o nível de endividamento das famílias, bem como aumentar os pedidos de recuperação judicial".

Ainda assim, o banco conseguiu reduzir levemente a taxa de inadimplência no período, para 3,1%.

E o Banco do Brasil?

Banco do Brasil (BBAS3) só divulga os resultados do segundo trimestre de 2025 no dia 14 de agosto, após o fechamento do mercado.

https://investidor10.com.br/noticias/lucro-dos-3-grandes-bancos-privados-sobe-quase-20-no-1-semestre-de-2025-114635/

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