As investigações a respeito de três ataques a carros-fortes ocorridos na região de Piracicaba (SP) neste ano seguem sem prisões realizadas. Sete pessoas ficaram feridas durante os crimes. O sindicato dos funcionários que trabalham nos blindados tenta articular uma reunião com autoridades e aponta tecnologias como recurso para inibir ações.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que os trabalhos de apuração continuam e que tem apostado em policiamento preventivo para evitar novos crimes do tipo.
As informações foram divulgadas pela pasta ao g1 através de pedido por meio da Lei de Acesso à Informação.
"A Divisão Especializada de Investigações Criminais - Deic, do Departamento de Polícia Judiciária do Interior - Deinter 9 Piracicaba informou que, até o presente momento, não houve prisão de suspeito nos procedimentos investigatórios lá concentrados e que estão sendo realizadas diversas diligências investigativas, bem como policiamento preventivo pela Polícia Civil com a finalidade de prevenir novas ocorrências dessa natureza, com resultado positivo até o momento", comunicou.
Anteriormente, a SSP já havia informado que dão apoio à Deic nas investigações as delegacias das cidades onde ocorreram os crimes, a Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos, a Polícia Militar e Guardas Municipais.
A reportagem também questionou qual é o estágio atual das investigações, que ações já foram realizadas durante os trabalhos e se há indícios de que os mesmos criminosos atuaram em mais de um desses crimes.
No entanto, a secretaria não respondeu e justificou que "informações sobre ocorrências policiais podem gerar prejuízos às diligências em trâmite, gerando risco de comprometimento da eficiência, eficácia ou da finalidade das investigações".
Sindicato tenta reunião com autoridades
O Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte, Guarda, Transporte de Valores, Escolta Armada e seus Anexos e Afins (SindForte) tenta articular uma reunião para discutir a situação. A informação é do diretor da entidade, Lucio Cláudio de Sousa Lima.
"O SindForte está tentando promover uma reunião com os órgão competentes para buscar mais informações e mais efetividade da segurança pública nesses casos. Mas ainda não conseguimos nada. Estamos tentando trazer políticos, deputados federais da região e também os representantes da segurança pública", afirma Lima.
O diretor aponta o investimento em tecnologias como uma saída para inibir as ações dos criminosos.
"Algumas empresas, quase todas elas, optaram por um sistema de colmeia no cofre, que dificulta o acesso a esses valores. Ou, caso venha a atingir o caminhão, estragam as cédulas e elas não servirão para uso. Tem dispositivos de espuma, de tinta".
Segundo ele, os criminosos têm atacado empresas que ainda não investiram nestes tipos de tecnologias.
"Muitas das empresas já estão usando. E me parece que dificulta até a ação. E quando tem dificuldade, diminui a demanda dessas quadrilhas. Talvez, eles migrem para outro tipo de crime. É claro que não tem a efetividade de 100%. Mas, até o momento, me parece que está tendo uma certa efetividade".
Fonte: G1