Conhecido principalmente pelo transporte de valores, o Grupo Protege agora tem crescido com cargas de alto valor agregado sob a blindagem de seus caminhões.
A empresa, de 50 anos e 12 mil colaboradores, começou a oferecer a solução de forma mais estruturada nos últimos três anos, mas é neste começo de 2022 que ela inaugura um hub logístico na cidade de Campinas, no estado de São Paulo, para atender à demanda.
Em 2021, a unidade de negócio cresceu 76% na comparação com dois anos antes.
Por lá, a Protege vai concentrar os caminhões blindados, a infraestrutura de monitoramento e o planejamento operacional.
A frota do grupo conta com 1,1 mil veículos, sendo que para atender ao transporte de cargas de alto valor agregado são utilizadas carretas com capacidade para 28 toneladas e caminhões com capacidade para 14 e 4 toneladas.
Comparada com o transporte de cargas rodoviário tradicional, Rodrigo Marchini, diretor comercial do Grupo, afirma que um dos principais ganhos para os clientes é o de produtividade, muito além da segurança.
"Nossos concorrentes têm cabine blindada, mas o baú não. Nós temos os dois. Uma empresa de transporte tradicional, na apólice de seguro, consegue carregar de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões. As mais estruturadas chegam a R$ 9 milhões. Mas a gente chega em R$ 30 milhões por caminhão. Eu consigo fazer com um caminhão o que uma empresa tradicional precisa distribuir em três. Essa é a proporção", explica Rodrigo.
De acordo com Rodrigo, esse aumento de produtividade pode ser sentido também no escoamento de produtos importados no Aeroporto de Viracopos, também em Campinas, de onde vêm 30% das cargas que a Protege leva.
"Com um caminhão 100% blindado, aumentou muito a produtividade. Um desembarque de 60 milhões era preciso dividir em 10, 12. Com a gente um cliente consegue dividir em apenas dois. A gente consegue trazer não só segurança, mas ganho."
As principais cargas de valor são aparelhos de tecnologia, como celulares e computadores. Produtos da indústria farmacêutica também estão entre os clientes de cargas do Grupo Protege.
Desde que começou a apostar nas entregas de alto valor, o índice de tentativas de abordagem e assaltos foi zero.
"Se alguém conseguir parar nosso caminhão, vai ter contrarresposta armada, nosso baú só abre na latitude e longitude correta, senha e contrassenha. E aí, se for explodir o baú, já perdeu boa parte da carga. Aí vão ter de descarregar o baú na rodovia", defende Rodrigo.
Além de ter crescido nas entregas de produtos com alto valor agregado, a Protege é forte principalmente para transportar valores até empresas de custódia que fazem os depósitos a bancos, sem a necessidade de os valores se deslocarem fisicamente todo um determinado percursso. Além disso, o grupo também atua com segurança patrimonial. Fonte:Exame