O curso tem o objetivo de preparar as forças locais para planejar ações de proteção contra o crime organizado e está sendo implantado em várias cidades. No dia 25/7 haverá um simulado de emergência no centro de Paracatu-MG, com a encenação de um ataque de falsa quadrilha criminosa, com tiros de festim, veículos queimados e outros elementos.
As autoridades devem se preparar para uma súbita queda de energia, como é de praxe em um crime do tipo ‘Novo Cangaço’. Entretanto, desta vez, a população não precisa sentir medo, já que a “invasão”, por hora, não passará de um simulado para preparar a cidade contra a modalidade criminosa.
“Dentro da mineração, as empresas têm seus próprios mecanismos de proteção. Mas esse crime é de extrema violência e coloca em risco toda a cidade e os moradores”, alerta Júlio Nery, diretor de sustentabilidade do Ibram. Os paracatuenses, as autoridades e as forças de segurança da cidade estão imersos em um treinamento desta segunda até a quinta-feira (22 a 25 de julho). Nesse período, será formulado um ‘Plano de Defesa’ que será testado no simulado final.
O curso resulta de acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério e o IBRAM, em 5 de janeiro deste ano. Esta parceria foi firmada para aprimorar o planejamento de ações integradas de segurança em diversos municípios situados no entorno de projetos de produção de minérios de alto valor, visados pelo crime organizado.
O evento tem o apoio e participação do governo de Minas Gerais (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP) e da Polícia Civil de MG.
“-A população irá perceber a movimentação das forças de segurança pública no entorno da agência do Banco do Brasil na avenida aqui te levar no ponto alto desse exercício simulado. O simulado será bem próximo a realidade, o ataque agência bancária do Banco, com alguns disparos de munição de festim, explosões, carcaças de veículos serão queimadas, mas tudo com muita segurança.,” explicou o Delegado da Polícia Civil, Dr Gustavo Henrique Ferraz.
“Minas teve uma intercorrência do novo cangaço por uns cinco anos. Em um combate sistemático que tivemos, com prisões e até confrontos, Minas virou exemplo para o Brasil no combate a essa modalidade que assolava toda a sociedade brasileira. Hoje, nós temos treinamentos, a gente não pode deixar de treinar, mas, praticamente zeramos essa modalidade criminosa em Minas”, disse o tenente-coronel Flávio Santiago, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)
Fonte: paracatu.net