O lançamento do Pix, criado pelo Banco Central em 2020, e a popularização dos meios de pagamento digitais causam, ano após ano, a diminuição da circulação de dinheiro em espécie no Brasil. 

Em agosto deste ano, o pagamento instantâneo brasileiro liderou com sobra a quantidade de transações totais. Foram 6,9 milhões. Em segundo lugar ficou o boleto, com 328 mil, valor mais de 20 vezes menor.

Uma dos setores impactados pela diminuição na circulação do dinheiro em espécie é o uso de carros-fortes para transporte de valores.

A reportagem da Itatiaia acompanhou, em abril deste ano, a retirada das ruas do bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, de veículos abandonados após a falência de uma empresa.

Ao menos oito carros-fortes da Fidelys Segurança Privada e Transporte de Valores estavam estacionados no local desde 2022.

Itatiaia entrevistou Emanoel Sady, presidente do Sindicato dos Empregados nas Empresas de Transporte de Valores de Minas Gerais (Sinttrav/MG).

Ele contou que trabalha há 27 anos no setor. Quando começou, havia 14 empresas de transportes de valores no estado. Hoje, há cinco, sendo que uma trabalha no Banco Central.

Emanoel trabalha na Prosegur, que tinha cerca de 150 rotas em Belo Horizonte. Atualmente, a empresa faz 25.

“Em 2020 se movimentava 8,4 bilhões de cédulas que estavam em circulação. Atualmente nós temos 7,6 bilhões de cédulas. 800 milhões de cédulas já foram retiradas de circulação nesse período”.
Emanoel Sady. Presidente do Sindicato dos Empregados na Empresas de Transporte de Valores de MG
Reportagem: https://www.itatiaia.com.br/cidades/fim-dos-carros-fortes-setor-sofre-com-desuso-do-papel-moeda-e-popularizacao-do-pix