O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciou nesta terça-feira (16) o maior lucro de sua história, totalizando R$ 23,4 bilhões. Este resultado, referente ao ano de 2023, representa um aumento de 93,4% em comparação a 2022, quando o lucro foi de R$ 12,1 bilhões.

Do valor total, R$ 16,8 bilhões são provenientes de lucros recorrentes, relacionados ao retorno de investimentos em títulos públicos e operações de crédito. Os outros R$ 6,5 bilhões decorrem da renegociação do projeto Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. No ano passado, o FGTS registrou R$ 61,5 bilhões em receitas e R$ 38,1 bilhões em despesas.

Distribuição do lucro do FGTS

A decisão sobre a distribuição do lucro aos cotistas será tomada pelo Conselho Curador no dia 6 de agosto. Após essa definição, a Caixa Econômica Federal terá até 31 de agosto para efetuar o crédito nas contas dos trabalhadores.  

O Conselho Curador é formado por representantes de trabalhadores, empregadores e do governo federal, sendo presidido pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Recentemente, em junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os saldos das contas vinculadas ao FGTS devem ser corrigidos, no mínimo, pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A remuneração das contas, de acordo com a lei, deve ser feita pela Taxa Referencial (TR) acrescida de 3% ao ano e pela distribuição dos lucros, garantindo, no mínimo, a reposição do índice oficial de inflação. 

Com essa decisão do STF e o lucro recorde do FGTS, os trabalhadores poderão contar com um rendimento mais robusto em suas contas, refletindo diretamente na segurança e no poder de compra dos beneficiários.

Fonte: Contabeis