Uma reportagem do Fantátisco, da Rede Globo, deste domingo (7), trouxe mais detalhes sobre a ação dos criminosos que aterrorizaram o município de Confresa (distante a 1.120 km de Cuiabá) no dia 9 de abril. Armados com fuzis, cerca de 20 ladrões invadiram a cidade para roubar a transportadora de valores Brink's.

Durante a ação, eles entraram na base da PM na cidade e atearam fogo em veículos. Apesar de explodirem artefatos dentro da Brink's, não conseguiram levar o dinheiro.

Após quase um mês, 15 ladrões foram mortos e cinco presos. Cerca de 300 policiais de cinco estados seguem envolvidos na ação.

Em mais de oito minutos, a reportagem classifica a ação como uma "das maiores caçadas a criminosos já realizadas no Brasil" e relata o drama dos gestores municipais, produtores rurais e até gestores educacionais, que tiveram as atividades interrompidas por medo de serem atacados.

A dona de casa Luzia Ayme, que mora ao lado da empresa de valores Brink's, contou que sua residência ficou destruída por conta dos explosivos utilizados. Conforme a moradora, no dia, ela estava com o filho pequeno. Desesperada, a mulher disse que chegou a pedir para os criminosos para sair. 

"Eu pedi para sair com o meu filho, porque estava tudo desmoronando. Eles falaram: 'Vai e não olha para trás'", disse.

Pedi para sair com o meu filho, porque estava tudo desmoronando. Eles falaram: 'Vai e não olha para trás'

A reportagem ainda ouviu um dos criminosos presos, que revelou que o assalto foi planejado há pelo menos quatro meses.

Dinâmica

Conforme a reportagem, o bando saiu do Pará em carros blindados e foi direto a Confresa, na tarde do dia 9 de abril. Lá, atearam fogo em um carro em frente ao quartel da Polícia Militar, com o intuito de dificultar a ação dos agentes.

Além disso, os criminosos ainda atingiram transformadores para dificultar a comunicação, ao passo que outro grupo tentava explodir a porta do cofre da Brink's. Os explosivos danificaram casas e comércios locais.

Na sequência, os criminosos fugiram deixando um rastro de terror.

 A fuga

O primeiro destino dos bandidos após a o assalto foi Santa Terezinha, município que faz divisa entre Mato Grosso e Tocantins. Na cidade, o grupo já tinha barcos esperando para dar continuidade à fuga.

Durante o caminho, eles aterrorizaram aldeias indígenas, fizeram pessoas de refém e entraram no primeiro confronto com a polícia.

Parte do grupo continua escondido na região da Ilha do Bananal, no Tocantins. O cerco das forças de segurança, segundo o comandante do Bope de Mato Grosso, Frederico Correia Lima Lopes, tem pressionado os bandidos que se veem sem alternativas para fugir. As tentativas, porém, são muitas. Inclusive por meio de pedidos de carona na estrada.

Durante toda a ação policial, várias armas pesadas foram apreendidas, inclusive fuzis que pertenciam à Polícia Militar de São Paulo. O bando, segundo as forças de segurança, possui integrantes de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Goiás e Pará.

Fonte: midianews

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