Foto: PC/DIVULGAÇÃO

Criminosos envolvidos na ação do chamado "Novo Cangaço" que explodiu um carro forte há uma semana no interior de São Paulo podem ter fugido para o Sul de Minas Gerais. Na última sexta-feira (13 de setembro), uma operação nas cidades mineiras de Arceburgo e Guaranésia, que ficam a poucos minutos da divisa com o estado vizinho, localizou dois veículos blindados e uma série de explosivos que podem ter sido usados na ação. 

Um dos carros blindados aprendidos contava, inclusive, com o vidro traseiro adaptado para a inserção de fuzil calibre .50, que é capaz de perfurar tanques de guerra e aeronaves.  A ação foi deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais em apoio à Polícia Civil de São Paulo, responsável pela investigação. 

Na ocasião, uma equipe especializada em explosivos da polícia paulista fez o recolhimento dos materiais. Ao todo, foram achados nove conjuntos de espoleta Pavel; cinco unidades de metalon com explosivos; um dispositivo explosivo improvisado do tipo "pipe bomb" (bomba de cano em tradução literal); quatro pacotes de emulsão encartuchada (banana de dinamite); além de 11 pedaços de cordel detonante e um de "pavio pirotécnico". 

Os peritos criminais das polícias de Minas e SP atuaram conjuntamente no local, uma vez que as investigações seguirão sendo realizadas de forma coordenada pelas duas instituições. 

O crime

Na noite da última segunda-feira (9 de setembro) um grupo de criminosos atacou um carro-forte na rodovia Cândido Portinari (SP-334), na altura do km 384, entre Batatais e Restinga, no interior de São Paulo.

Ao menos cinco pessoas ficaram feridas durante o ataque e fuga do bando. Segundo o Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar), um dos feridos é um policial da corporação. O estado de saúde dele não foi informado.

O carro-forte é da Protege, empresa especializada em transporte de valores. O veículo foi incendiado pelos criminosos, que fugiram sem conseguir levar o dinheiro.

Depois do ataque, policiais perseguiram o grupo em estradas da região e houve troca de tiros. Ninguém foi preso até o momento.

"A empresa confirma que foi vítima de um ataque nesta segunda-feira (9). Os criminosos estavam fortemente preparados, com armamento pesado. Os vigilantes estão recebendo todo o suporte necessário e o numerário não foi levado. A empresa reconhece o relevante trabalho das forças de segurança no enfrentamento do caso e está totalmente comprometida em colaborar com as autoridades responsáveis nas investigações em curso", afirmou a
Protege em nota.

(Com Folhapress)