Na última sexta-feira (11), a imprensa noticiou uma explosão na base da Prossegur em Teresina (PI). Mesmo com o saldo de três funcionários feridos, sem registro de roubo ou ataque externo, a empresa não se pronunciou sobre o caso.

O que aconteceu de fato foi a explosão de um produto chamado Poliuretano, permitido pela Polícia Federal apenas em cofres de carros-fortes. Porém, o produto vem sendo utilizado ilegalmente pela Prossegur e outras empresas em salas de tesouraria, onde atuam dezenas de trabalhadores e trabalhadoras.

Este produto é altamente tóxico e prejudicial à respiração, além de possuir elevado grau de solidificação.

As tesourarias de empresas de transporte de valores, são lacradas externamente, por isso, em caso de explosão nesses locais, o prejuízo aos trabalhadores seria imensurável, podendo ocorrer uma verdadeira uma tragédia. Esta não é a primeira vez que explosões decorrentes do SIPE acontecem. Foram registrados casos no Rio grande do Norte, Amazonas e outros.

Se a utilização deste produto em cofres já é motivo de preocupação para os vigilantes, imagine nas bases, sem EPI e com dezenas de trabalhadores confinados.

A Prosegur está realizando uma implantação do sistema denominado por SIPE, Sistema de Injeção de Poliuretano em todas as bases a nível nacional. O problema é que não existe respaldo legal para essa implantação e a portaria é bem clara no caso de utilização deste dispositivo; exclusivamente nos cofres de carro forte e não em outros setores.

imagem da internet

A Prossegur não pode continuar utilizando produto ilegal sem o mínimo de cuidado com os trabalhadores.

“O SINTTRAV lamenta e se solidariza as vítimas. Iremos solicitar a Prosegur informações sobre a utilização do produto “Poliuretano” em quais condições está sendo utilizado nas empresas. Para assim evitar que explosões aconteçam nas bases em Minas Gerais. ”

Os vida dos trabalhadores não podem ficar em risco.