O segundo artigo do dossiê “Fim da Escala 6×1 e Redução da Jornada de Trabalho”, organizado pelo Organizado pelo Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho) em parceria com as centrais sindicais, destaca o impacto na saúde mental e na vida social dos trabalhadores que fazem a escala 6×1.
Através de dados coletados via questionário online, com 496 participantes, a pesquisa analisou os efeitos da escala 6×1, regime em que trabalhadores atuam seis dias seguidos com apenas um de descanso, evidenciando impactos severos. Importante ressaltar que a maioria desses trabalhadores é composta por mulheres negras e pardas, com ensino médio e renda limitada.
Dos entrevistados:
- 97% afirmam ter prejuízos físicos e
- 94% reconhecem danos mentais, associados ao excesso de horas e ausência de lazer.
Além disso, os trabalhadores relatam exaustão constante, dores corporais e uso de medicamentos para suportar a rotina, evidenciando um quadro de adoecimento progressivo.
O isolamento social e familiar surge como consequência direta. Muitos afirmam não ter tempo para estudos, qualificação profissional, nem convivência com filhos.
A pesquisa reforça que a escala 6×1 compromete não apenas a saúde, mas também o direito ao convívio e ao desenvolvimento pessoal dos trabalhadores. E destaca a urgência da luta pelo fim da escala 6×1 e pela redução da jornada de trabalho sem corte salarial.
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Imagem: Freepik- Drazen Zigic

