Da Redação / portal@d24am.com

Manaus – A Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro revelou, nesta terça-feira (06), que a Transexpert Vigilância e Transporte de Valores, empresa para a qual a Agência de Fomento do Estado (Afeam) emprestou R$ 20 milhões, era ‘caixa-forte’ da quadrilha que agia no governo do ex-governador Sérgio Cabral, que está preso por corrupção. As informações foram publicadas, nesta terça, no site de notícias G1.

De acordo com a PF, o ex-secretário de Obras de Cabral Hudson Braga tinha uma relação muito próxima com David Sampaio, filho de uma das donas da Transexpert que, no Amazonas, é alvo de uma representação do Ministério Público de Contas (MPC) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de um pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Os deputados e o MPC querem saber quem decidiu investir dinheiro público, em plena crise econômica, numa empresas envolvida em corrupção e que não pode mais operar, pode decisão da PF. De acordo com o MPC, o ‘investimento milionário e de alto risco indica indício de má-aplicação de recursos públicos”.

De acordo com o G1, as investigações apontam que David Sampaio é o verdadeiro sócio e administrador da Transexpert. “Na agenda eletrônica de compromissos do ex-secretário de Obras, há cerca de 70 encontros marcados com Sampaio, o que, segundo o relatório, ‘demonstra uma intensa relação’ entre os dois”.

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), deputado Josué Neto (PSD), informou, ontem, que o pedido de criação da CPI para investigar a Afeam já foi analisado pela Procuradoria Geral da Casa e enviado para a Diretoria Geral, que é responsável por avaliar qual será a estrutura necessária (recursos humanos, equipamentos, transportes, etc) e os custos das investigações. Assim que essa análise for concluída, o pedido será encaminhado ao presidente para prosseguimento normal do processo.

O diretor-geral da ALE, Wander Araújo Motta, informou que a Mesa Diretora encaminhará o parecer da Procuradoria Geral da Casa para Josué Neto, que vai decidir se a CPI para investigar a aplicação da Afeam na Transexpert será instaurada. “Vou apresentar isto amanhã (hoje) para o presidente, aí é ele quem decide o próximo passo, o próximo encaminhamento”, afirmou Motta. No último dia 28, o presidente da ALE encaminhou o pedido de abertura da CPI para ser analisada pela procuradoria e a tramitação está parada desde este dia.

Para o líder da minoria na ALE, deputado estadual Luiz Castro (Rede), a medida é própria de quem quer protelar o processo.

Fonte: matéria extraída do site Diário do Amnazonas/ redação de portal@d24m.com