Categoria solicita que o governo federal destine recursos aos municípios, na forma de auxílio emergencial, e crie fundos para o setor
O transporte público no Brasil perdeu 70 mil profissionais. As demissões foram contabilizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT).
Segundo a entidade, a crise ficou ainda mais acentuada pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O setor pede apoio ao governo federal e ao Congresso para evitar novos cortes. Nesse contexto, não é descartada a possibilidade de deflagração de greve geral.
Ofícios sobre a situação foram enviados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aos presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
“Já perdemos 70 mil postos de trabalho somente no público urbano e metropolitano de passageiros, em função da grave crise que afeta nosso segmento de serviços”, alerta Jaime Bueno Aguiar, presidente da CNTTT, nas correspondências enviadas.
A categoria solicita que o chefe do Executivo destine recursos aos municípios, na forma de auxílio emergencial. Outras demandas incluem o fomento da discussão a respeito da modernização do marco regulatório do transporte público e o incentivo para a criação de fundos para o setor.
Com profissionais insatisfeitos, sindicatos de pelo menos 19 estados planejam paralisações. As articulações ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás, entre outras unidades federativas.
“As interrupções dos serviços e a falta de pagamento dos salários trabalhadores em transportes terrestres são justificadas pelo empregador pela ausência de recursos financeiros, gerada pela queda brutal do número de passageiros pagantes transportados”, destaca Jaime.
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