A quarta-feira, 8.3.2017, em que a mulher comemoraria seu dia, várias delas no mundo foram à rua protestar.No Brasil, nossas companheiras manifestaram contra a reforma da previdência e a favor da igualdade salarial no mercado de trabalho. Além disso, levantaram nossa principal bandeira: a luta contra a violência doméstica. Segundo jornal Estado de Minas, "cada hora, 15 mulheres são vítimas de estupros, torturas, espancamentos, humilhações, homicídios, roubos e outras formas de agressão em Minas, no ambiente doméstico e familiar".
Reforma da Previdência e os NOSSOS direitos
Diante de uma Reforma que extirpa Direitos do Trabalhador, as mulheres - caso a proposta seja realmente aprovada - serão penalizadas, com indícios de perder seu direito de se aposentar cinco anos antes, conquistado devido à dupla jornada de trabalho.
O projeto de desmonte da previdência social é considerado o maior ataque aos direitos da classe trabalhadora em décadas. Decreta o fim do Sistema de Seguridade Social Brasileiro, previsto pela Constituição de 1988 e visto no mundo todo, como um dos sistemas mais avançados do mundo e referência para vários países.
As alegações desse projeto são falsas quando tentam explicar condições de igualdade entre homem e mulher, diante da desigualdade no mercado de trabalho.
Segundo o site Correio braziliense, pessoas do sexo feminino dedicam 26,6 horas semanais ao lar e as do masculino, 10,5 horas.
Sem contar que, no Brasil, além das cargas horárias superiores a dos homens, mulheres têm salários menores. De acordo com informações do censo 2010 do IBGE, a renda mensal bruta das mulheres é de R$ 1.217 por mês, menos de três quartos da média entre os homens, de R$ 1.673.
O Brasil está na posição 124, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários por gênero em nada parecido com o grupo de países ricos que o governo insiste em comparar ao sugerir a equiparação. Com informações Estado de Minas
Por meio de argumentos falaciosos acerca do rombo da previdência, o Governo procura convencer a população de que o novo sistema garantirá um futuro melhor, principalmente às novas gerações. O que muitos desconhecem é que, por trás desse discurso ilusório, o impacto dessa reforma será desolador, atingindo grande parte dos que poderiam se aposentar na próxima década, além de excluir diversos brasileiros do direito ao sistema público de previdência. O Sinttrav-MG está de olho e é inadmissível que todos não sejam contra essa reforma que afetará todos, com perdas aos direitos à aposentadoria.
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Mobilização para atos do Dia Internacional da Mulher começou ontem. Entre as questões levantadas pelas participantes está a reforma da Previdência e o risco de perda de direitos (foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)