Em 8 de março, o dia da mulher trabalhadora, a luta de 129 tecelãs, que entraram em greve por equiparação salarial com os homens, redução da jornada de trabalho para doze horas diárias (a média eram 16 horas por dia) e condições dignas de trabalho, No processo de mobilização, as trabalhadoras ocuparam a fábrica, mas a manifestação foi reprimida com violência. As operárias foram trancadas no galpão e queimadas vivas pelos capitalistas, em ato de total desumanidade.
A resistência é até hoje lembrada como símbolo da luta da classe trabalhadora por melhores dias para todos, mas também como exemplo da fibra feminina em permanente confronto contra a opressão, que insiste em negar às mulheres igualdade de direitos e oportunidade.
Em 1910, durante conferência na Dinamarca, a data foi imortalizada como o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem às mulheres que morreram naquela fábrica. Somente em 1975, um decreto da Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou a data.
RATIFICAR A CONVENÇÃO 156, DA OIT
Transcorridos 159 anos, as mulheres seguem trabalhando muito e ganhando menos que os homens, no desempenho de mesma função. Em casa, as mulheres também realizam mais tarefas que os homens, no exercício da tripla função.
Embora tardiamente, o governo brasileiro, que é chefiado por uma mulher, deve ratificar a Convenção 156, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prega a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito do trabalho, e, também, quanto às responsabilidades familiares.
Assim, o Brasil poderá corrigir erro que faz do País o único do Mercosul sem ratificar a adesão à convenção internacional.
VIVA A LUTA DA MULHER TRABALHADORA!
Ao mesmo tempo em que luta pela sobrevivência da família e dos filhos, cria, educa, inspira e ajuda a construir a sociedade, a mulher encara o preconceito que tenta rebaixar a condição humana do ser feminino.
No dia em o mundo homenageia essas guerreiras, parabenizamos as mulheres trabalhadoras, especialmente as que atuam no segmento do transporte de valor, pelo exemplo diário de combatividade e amor à vida.
Emanoel Sady, presidente do SINTTRAV-MG