Não deveria importar a cor que identifica alguém, nem ser motivo de alarde a origem étnica das pessoas. Ser branco ou negro só mostra o que está por fora, nunca por dentro. No entanto, evidentemente, a cor da pele já foi usada para justificar muitas atitudes violentas, políticas discriminatórias e abusivas contra milhares de pessoas. E é por isso que datas como 21 de março, que marcam o Dia Internacional contra Discriminação Racial, não podem passar batidas.

É necessário – e urgente – falar sobre o assunto, com regularidade e humanidade

Embora discriminação racial seja referente a qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional, segundo definição presente no Artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial; é de senso comum que os mais afetados por esse tipo de discriminação são os negros e as minorias, como os índios e orientais.

Basta saber, por exemplo, que o dia 21 de março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a luta contra a discriminação racial justamente por que, foi nesse dia que ocorreu o Massacre de Shaperville, em 1960. Na época, manifestantes saíram às ruas para protestar contra a “Lei do Passe”, que impedia negros de circularem em alguns lugares, na África do Sul. Nesse dia, 69 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

Essa luta é de todos nós!

Igualmente essencial é denunciar os atos discriminatórios, pois é o posicionamento, e não a omissão, que tolhem comportamentos racistas.

Não deixe nunca de dar voz às pessoas que sofram com isso, e caso seja você a sofrer, não se cale. Existem várias formas de denunciar, e muitos órgãos competentes para procurar, tais como delegacias, ouvidorias, OAB e conselho tutelar. O 190 acolhe denúncias do tipo. Só não se cale.

O racismo é um crime inafiançável e imprescritível, segundo a Constituição de 1988.

21 de março é o Dia Internacional contra Discriminação Racial, data em que devemos nos lembrar que é nosso dever combater uma das maiores mazelas da sociedade, a discriminação racial. por Cíntia Ferreira