O delegado Kleber Granja, da Delegacia de Investigações Criminais (Deic) de Ribeirão Preto (SP), classificou como terrorismo a ação de criminosos contra policiais militares em Altinópolis (SP) na quarta-feira (11) dois dias após o ataque a um carro-forte em Restinga (SP), na região de Franca (SP).

“Não é organização criminosa. Isso é um grupo terrorista, que usa técnica de guerrilha, que usa armamento de terrorismo, de guerra, para afrontar o estado democrático de direito, para afrontar toda uma comunidade, para colocar em risco toda uma comunidade”, disse.

O confronto aconteceu na Rodovia João Ferreira (SP-338), entre Cajuru (SP) e Altinópolis, região de Ribeirão Preto. 

O sargento da Polícia Militar Márcio Ribeiro, de 49 anos, morreu ao levar um tiro de fuzil na cabeça. O caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, de 42 anos, que ficou no meio do fogo cruzado, foi baleado e está internado em estado grave na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) de Ribeirão Preto (SP). Três criminosos ainda sem identidades informadas pela polícia morreram no tiroteio.

“Esses criminosos usam essa técnica de abordagem em rodovias para atacar carros-fortes e colocam de escudo humano a população que trabalha, que transita por essas rodovias”, disse o delegado.

Granja pediu ajuda à população para que faça denúncias de movimentações suspeitas, principalmente na zona rural da região, à polícia. As informações podem ser dadas pelos telefones 181 e 190. 

Uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar e Federal, setores de inteligência, perícia e guardas civis trabalha na identificação da quadrilha.

"Esses indivíduos estão na nossa região e vão ser capturados, mais cedo ou mais tarde, e vão ser tratados como uma célula criminosa terrorista", disse.

Fonte: G1