O número de trabalhadores afastados em razão da pandemia vem diminuindo, mas o total de desempregados cresceu significativamente desde maio, quando o IBGE passou a fazer acompanhamento semanal, pela Pnad Covid19.

Na última semana de setembro, os desempregados foram estimados em 14,013 milhões, ante 9,817 milhões na primeira semana de maio. Nesse intervalo de cinco meses, quase 4,2 milhões a mais.

Ainda de maio a setembro, a taxa média de desemprego saltou praticamente quatro pontos percentuais, de 10,5% para 14,4%. Enquanto isso, os afastados do trabalho devido ao distanciamento social caíram de 16,589 milhões para 2,748 milhões – de 19,8% para 3,3% dos ocupados.

Pnad Covid19 mensal

O IBGE fez nesta sexta-feira (16) sua última divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios específica, a Pnad Covid19 semanal. A coleta de dados por telefone será mantida, mas para edições mensais do levantamento.

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, afirma a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira. “Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação.”

O total de ocupados foi estimado em 83,043 milhões no último período de setembro. Na primeira semana de maio, de acordo com a Pnad, eram 83,945 milhões.

Fora do mercado

Já a população fora da força de trabalho somava 73,390 milhões. Essas são as pessoas que não estavam trabalhando nem procurando serviço. Em maio, eram 76,176 milhões.

Desses quase 73,4 milhões, 25,6 milhões disse que gostariam de trabalhar. Esse grupo representava 34,8% do total de fora da força de trabalho, um pouco menos do que em maio (35,5%).

A Pnad Covid19 mostrou ainda queda do número de pessoas com pelo menos um de 12 sintomas associados à síndrome gripal. No final do mês passado, eram 8,3 milhões ou 3,9% dos ocupados. Por sua vez, no início de maio eram 26, 8 milhões (12,7%). Fonte: Rede Brasil Atual - RBA