Doença afastou 10,8 mil trabalhadores de julho a setembro, aumento de 246% em relação aos três meses anteriores.
A covid-19 respondeu por um em cada dez acidentes de trabalho no país no terceiro trimestre e foi o principal motivo de afastamento profissional no período. A doença afastou 10,8 mil trabalhadores de julho a setembro, aumento de 246% em relação aos três meses anteriores.
A disparada de acidentes de trabalho reflete o aumento de casos de covid-19 no país: 3,4 milhões de registros da doença no terceiro trimestre, 143% mais que no período de abril, segundo os dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa com as secretarias estaduais de Saúde.
Os trabalhadores de atendimento hospitalar representaram 57% do total de acidentes de trabalho por covid-19 no terceiro trimestre, ou 6,2 mil.
No geral, 65% dos afastamentos no terceiro trimestre do ano passado foram com homens, e 35%, com mulheres.
Nem todo o acidente de trabalho vira benefício pago pelo INSS, só quando o afastamento é superior a 15 dias. E o próprio órgão alerta que, ainda que todo afastamento deva ser informado pelas empresas, é possível que acidentes com menos de 15 dias ou comunicados feitos ainda em papel não estejam contemplados no seu levantamento trimestral.
Ainda segundo o INSS, os benefícios envolvendo acidentes de trabalho são muito baixos em relação ao total pago mensalmente pelo organismo.
"Por mês, o INSS paga cerca de R$ 60 bilhões em benefícios, e os pagamentos relacionados a acidente de trabalho representam cerca de 1,5% a 2% deste total", afirmou