Uma reunião em videochamada de uma empresa, aparentemente corriqueira, é o cenário de uma campanha do Instituto Maria da Penha (IMP) sobre violência doméstica durante a quarentena. Esse tipo de crime aumentou em até 50% em alguns estados brasileiros no período da pandemia do novo coronavírus, sendo que a maioria dos casos aconteceu dentro de casa.

A história narrada representa a mesma de muitas mulheres no Brasil e no mundo que estão isoladas com seus agressores dentro de casa, em situação de extrema vulnerabilidade. Em meio às restrições de circulação, a denúncia desse tipo de crime acaba sendo ainda menos frequente. "E quem não está em situação de risco, fique atento aos sinais. Podemos resgatar amigas, colegas e familiares deste tipo de relacionamento, que não distingue cor, idade ou classe social" ressalta o texto da iniciativa. "Peça ajuda", diz a ação ao divulgar canais de denúncia como o 190, da Polícia Civil, e o Disque 180.

Se dedica 100% à relação
Sabe aquela pessoa que parou de jogar futebol com os amigos, parou de ir aos passeios e fica 100% do tempo com a namorada, observando tudo o que acontece com ela? Isso é outro indício de uma tentativa de controle e, portanto, de violência.

Faz uso de um falso moralismo
O sujeito fala para que você precisa respeitar a sua família, mas ele não fala com a mãe dele há 5 anos e nunca a tratou bem. É algo que não se encaixa muito bem.

Utiliza chantagens frequentes
Chantagens, muitas chantagens. Para que a mulher não termine, o homem usa aspectos e pessoas essenciais da vida dela e a chantageia. Inclusive, em certos casos, o agressor chega a inventar que está com uma doença grave ou até mesmo ameaça se matar.

Se vitimiza sempre
O homem sempre se coloca como vítima. Às vezes de antigas namoradas, em outros casos de familiares ou chefes mulheres. Todas causaram mal a ele. Ou seja, a raiva com que ele trata a companheira e o resto das pessoas é justificada como se fosse uma reação ao sofrimento que enfrentou ao longo da vida. No entanto, a mulher precisa prestar atenção, pois, após certo tempo, ela mesma será colocada como mais um algoz na vida do rapaz.

Desqualifica a mulher em público
A todo momento, ele tenta desqualificar a vítima em público e deslegitimar todos seus sentimentos, desde a dor, o sofrimento e até a alegria.
Por exemplo: a mulher chega toda feliz em casa porque será promovida no emprego, e ele responde: "Não tem nada a ver com talento, mas sim porque seu chefe está querendo te pegar".
Além disso, o companheiro passa a minar todas as coisas que são básicas a ela: faz silêncios violentos, ameaça ficar sem falar com ela caso não siga um pedido seu, entre outros comportamentos. Fonte: catracalivre