Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à CPMI do INSS levantou suspeitas sobre a movimentação financeira da Força Sindical, uma das maiores centrais sindicais do país. O documento, elaborado com base em informações do banco responsável pelas contas da entidade, afirma que houve “grande quantidade de valores em espécie movimentados”, sem o uso de carro-forte para o transporte.
De acordo com o relatório, o setor financeiro da Força Sindical foi questionado pelo banco sobre o motivo das transações em dinheiro vivo. O responsável alegou que os fornecedores do sindicato preferiam receber pagamentos em espécie. Ainda assim, o banco considerou o comportamento atípico e decidiu alertar o Coaf.
“Segundo o gerente, o cliente se recusa(va) a contratar serviço de carro-forte para o transporte de valores”, diz o documento, que integra o relatório de inteligência financeira repassado à comissão parlamentar. Os dados da Força aparecem em meio à investigação sobre o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade ligada à Força Sindical e investigada pela Polícia Federal e pela própria CPMI.
O banco justificou o alerta com base em três critérios previstos em lei: movimentações em espécie por clientes que normalmente utilizam outros meios, como cheques ou cartões; resistência em fornecer informações cadastrais ou apresentação de dados de difícil verificação; e movimentações atípicas de recursos por organizações sem fins lucrativos.
As movimentações citadas ocorreram entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019. O caso está sendo analisado pela CPMI, que apura o uso irregular de recursos de aposentados e pensionistas vinculados ao INSS.
Com informações da Veja

