RODOBAN
No dia 28 de março de 2017, aconteceu a reunião de mediação na SRT (Superintendência Regional de trabalho), entre a direção do Sinttrav e a Rodoban com a mediação da Auditora Fiscal Alessandra Parreiras.
Preposto da Rodoban que compareceu a mediação não apresentou a documentação solicitada pelo sindicato para apuração das irregularidades, como folhas de ponto, contracheques para aferirem o excesso de jornada, compensação de horas extras e respostas quanto a contratação de horistas, que o sindicato não concorda com essa pratica que é só da empresa Rodoban em Minas Gerais, por não estar convencionado em nossa CCT.
Durante a reunião, a mediadora, advertiu a empresa Rodoban que o a compensação de horas extras em desacordo com a CCT, é uma tremenda falta de respeito ao acordo coletivo assinado pelas empresas. E a contratação de horistas, também está irregular já que não há previsão na convenção coletiva e o fato de não haver previsão não dá o direito de contratar. Sugeriu que, a empresa regularize a situação e que mantenha um diálogo permanente com o sindicato para que seja evitada demandas inclusive judiciais por parte do MPT.
Ficou acordado na mediação, através de ata, que a empresa Rodoban deverá entregar os documentos solicitados pelo sindicato até o dia 12 de abril de 2017. Após a verificação dos documentos, as duas partes voltam a se reunir no dia 20 de abril de 2017 na sede do Sinttrav, e posteriormente na sede do SRT no dia 25 de abril de 2017, visando o resultado das tratativas diretas.
Após várias denúncias e tentativas frustradas de resolução junto a empresa, não restou outra alternativa ao sindicato do que solicitar uma mediação junto ao SRT, para sanar irregularidades em relação a denúncia de trabalhadores quanto ao: Excesso de jornada de trabalho, compensação de horas extras indevidas, bem como a contratação irregular de funcionários horistas na tesouraria, péssima manutenção dos veículos (carro forte) com climatizadores com defeitos, problemas nas partes mecânicas e elétricas, auto índice de disparos de arma de fogo, excesso de rigor hierárquico, com advertências e suspensões arbitrárias, rotas longas de viagem com apenas um motorista e ameaças a empregados que conversem com dirigentes sindical.
DNA ESCRAVAGISTAS
Na realidade, essa pratica de asfixiar os trabalhadores levando os a exaustão, com excesso de jornada bem como retirada de direitos precarizando ainda mais as condições de trabalho, está no DNA de um gestor da Rodoban, velho conhecido nosso.
A contratação de empregados horistas para trabalho na tesouraria da Rodoban, demonstra como pensa a cabeça do gestor que só pensa em números. Vejamos quanto recebe um horista:
R$786,00 (Setecentos e oitenta e seis reais) menos que um salário mínimo.
R$ 191,00 Plano de saúde mensalidade/fora coparticipação
R$ 42,00 Tickets 10%
R$ 47,16 Vale transporte desc. 6% do salário
R$ 62.88 Descontos: INSS 8%
R$442,96 é a bagatela que sobrou de salário para o funcionário horista.
Pergunto:
Senhor Gestor: Será que o Senhor, que é muito bonzinho, conseguiria viver com um salário desse? Será que dá para pagar o seu condomínio?
Veja bem, quem recebe R$442,96 por mês, se quer tem o direito de adoecer pois, não tem como bancar um plano de saúde e se dividirmos esse valor por 30 dias, sobra R$14,76 por dia para sobreviver o que é praticamente impossível.
A direção do Sinttrav, convoca a todos para uma reflexão.
É covardia ou, não é?
NO CARRO FORTE, A BRONCA É MAIS PESADA.
Excesso habitual de jornada, somada as péssimas condições de manutenção de carro forte, sem ar condicionado, climatizadores com defeitos, motoristas com roteiro de mais 700km, advertências e balão a rodo, vários funcionários com desvios de função, grande índice de assédio moral e ameaças a empregados que conversam com dirigentes sindicais.
Além disso a prática de empurrar goela abaixo do trabalhador, compensações indevidas descaracterizando a nossa convecção coletiva e mostrando o excesso de rigor e práticas anti sindicais. Que faz desse gestor um ditador, pois não mede esforço para impor sua metodologia onde para obter lucro não importa de atropelar a CCT, CLT, sindicato e trabalhador.
Quando o entendimento se torna pessoal, em detrimento aos demais. É uma postura ruim, arcaica e impiedosa que pode levar uma organização ao fracasso.
A direção da Rodoban, precisa rever conceitos, sair do discurso e ir para a pratica de valorização dos seus colaboradores que é a razão de existir dessa empresa.
“Empresa forte, funcionário valorizado. ”
VEJA MAIS FOTOS