Nesta sexta-feira (6/11), o ataque à base da transportadora de valores Rodoban em Uberaba completa três anos. Na madrugada de uma segunda-feira, em novembro de 2017, cerca de 30 criminosos fortemente armados fecharam quarteirões do Bairro Boa Vista, atiraram diversas vezes, colocaram fogo em carros para intimidar a polícia e invadiram a empresa de segurança e de transporte de valores.
A Polícia Civil ainda investiga o caso e o processo segue em sigilo. Até o momento, as investigações resultaram em dois inquéritos.
O primeiro foi concluído um mês após o ataque, e indiciou quatro pessoas, sendo que três foram presas e uma continua foragida. Já o segundo inquérito resultou na prisão de um suspeito em Indaiatuba (SP), no começo de 2019.
Somadas, as penas dos quatro envolvidos é de 150 anos. Inicialmente todos ficaram presos em Uberaba, mas atualmente estão em penitenciárias de segurança máxima fora de Minas Gerais.
A Rodoban não existe mais em Uberaba, após ser vendida para a empresa Brinks, que preferiu não comentar o caso. O prédio alvo do crime não é mais utilizado pela nova companhia.
A empresa localizada no Bairro Boa Vista foi invadida por volta das 3h do dia 6 de novembro de 2017 por cerca de 30 homens. Eles atiraram diversas vezes e colocaram fogo em carros para intimidar a polícia, fechando quarteirões. Os assaltantes chegaram a utilizar corrente amarrada em postes para fechar uma das vias próximas à empresa.
Moradores ouviram pelo menos duas explosões. A polícia calcula que a ação durou em torno de 1h30. O valor em dinheiro levado pelos criminosos não foi informado oficialmente pela empresa.
Os veículos utilizados pela quadrilha foram encontrados abandonados em uma estrada na zona rural de Uberaba. Os criminosos também abandonaram um caminhão-baú contendo explosivos.
Durante as investigações, as forças de segurança de Uberaba descobriram que os integrantes da quadrilha usaram uma chácara alugada às margens da LMG-798 como ponto de encontro antes do crime.
No dia seguinte, três pessoas suspeitas foram presas em Caldas Novas (GO). As prisões foram feitas na cidade goiana pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado (Graer).
Em janeiro de 2019, um jovem de 28 anos foi preso em Indaiatuba (SP) suspeito de ter participado do ataque. No apartamento onde ele foi encontrado, os policiais apreenderam uma arma e documentos. Fonte: G1