A cada ano a Lista Suja do trabalho escravo no Brasil apresenta um crescimento exponencial. Ao todo, o Ministério do Trabalho elencou 174 empregadores responsáveis por submeter 1.490 trabalhadores às formas contemporâneas de escravidão, entre os anos de 2017 a 2022 — de acordo com a mais recente atualização da Inspeção do Trabalho.
Desde a criação dos grupos móveis de fiscalização, em 1995, foram resgatados mais de 60 mil trabalhadores de situação análoga à escravidão.
Apenas no período de abril a outubro de 2022, houve o registro de 89 novos empregadores autuados. O que significa que o número no período praticamente dobrou, se comparado ao ano anterior
Os setores que mais tiveram funcionários resgatados foram a indústria do fumo com 76 trabalhadores ao todo. Em seguida, a pecuária (85) e produção de carvão vegetal (81). Na sequência aparecem extração de madeira (59), o cultivo de cana-de-açúcar (44) e a indústria têxtil (44).
Minas Gerais (302), Goiás (166) e Pará (164), respectivamente, foram os estados que mais tiveram casos de trabalhadores submetidos a condições degradantes de trabalho.
Os exploradores que tiveram o maior número de funcionários resgatados nestas situações, usualmente recrutavam pessoas em outros estados com promessas de bons salários e moradia.
Fonte: cartacapital