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Um dos policiais militares envolvidos na troca de tiros com suspeitos de ataque a um carro-forte em setembro disse em depoimento que a perseguição começou depois que a Polícia Militar Rodoviária recebeu alertas de que radares das rodovias na região de Ribeirão Preto (SP) flagraram veículos trafegando pelas vias de maneira suspeita.

A ação aconteceu no dia 11 de setembro, na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), dois dias depois da tentativa de roubo a um carro da Protege, empresa especializada em logística de valores, na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), entre Batatais (SP) e Restinga (SP).

Segundo o PM, após o alerta dos radares, viaturas começaram a perseguir os veículos na Rodovia Altino Arantes (SP-351) e seguiram até a Rodovia Joaquim Ferreira, onde o confronto entre policiais e suspeitos aconteceu.

Ainda em depoimento, o PM disse que os primeiros disparos partiram dos bandidos. A ação resultou na morte de cinco pessoas: um PM, três suspeitos e um caminhoneiro. Até o momento, apenas uma pessoa foi presa.

Caminhão foi usado de barricada 

O policial também informou em certo momento da perseguição, um dos veículos parou no acostamento da rodovia de maneira brusca, em frente a um caminhão que foi utilizado como barricada e três pessoas desceram do carro já atirando com fuzis. 

Os PMs, então, passaram a se esconder atrás do caminhão e reagiram, também atirando. Durante o confronto, o policial Márcio Ribeiro foi atingido e morreu no local. Outros três criminosos também morreram durante a ação.

Ainda segundo o PM, como os disparos continuaram, a polícia passou a a atirar nos flancos dos criminosos em uma tentativa de fazer com que os tiros parassem.

Foi neste momento que os policiais invadiram o caminhão e encontraram o motorista Lenilson da Silva Pereira ferido, escondido no compartimento traseiro do veículo. O PM afirmou que a vítima foi atingida por uma arma de fogo que seria de um dos criminosos. O caso ainda será investigado.

O ataque


A tentativa de assalto ao carro-forte aconteceu no dia 9 de setembro na Rodovia Candido Portinari (SP-334). De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, pelo menos 16 criminosos renderam o motorista de um caminhão e usaram o veículo para interditar a pista.

Em seguida, eles interceptaram o carro-forte e um vigilante foi baleado. Munições calibre .50 e 556 foram encontradas no local. O dinheiro não foi levado, mas os criminosos incendiaram o veículo blindado.

Houve perseguição policiais aos suspeitos por rodovias na região, mas nenhum deles foi preso.

Dois dias depois, uma troca de tiros durante uma perseguição deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que havia indícios que ligavam os suspeitos ao ataque ao carro-forte. 

Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis, coletes balísticos e munição. Um dos fugitivos mortos usava roupa camuflada, colete à prova de balas e capacete.

No fim de setembro, morreu o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado na cabeça durante o confronto. Ele ficou internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) por 20 dias.