A decisão da Comissão de Assuntos Sociais do Senado de rejeitar o texto da reforma trabalhista pode ter desagradado o governo, mas está na direção do que diz enquete feita pelo site da Casa. Para 95,7% dos que opinaram sobre o projeto, as mudanças devem ser rejeitadas pelos senadores. O projeto de lei complementar (PLC 38/17) prevê, entre outras medidas, que as negociações entre patrões e empregados prevaleçam sobre a legislação.
Mais de 135 mil internautasresponderam à enquete do Senado sobre o tema. Destas,129.377 responderam ser contra o projeto. Outras 5.709 pessoas disseram ser a favor. A rejeição à reforma também já foi expressada em recentes manifestações populares.
Apesar da comemoração dos oposicionistas, a rejeição do relatório do senador Ricardo Ferraço, não significa a derrubada da proposta.
O líder do governo, senador Romero Jucá, apresenta nesta quarta-feira parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Vai ser dada vista coletiva de uma semana. Vamos votar a matéria na quarta seguinte a partir daí ela vai para o plenário. Vão para o plenário os três relatórios e destes vamos fazer o requerimento de prioridade em um, que será votado. A tendência é que a gente peça para o relatório da CAE”, disse.
Cada comissão é independente nos resultados da votação. Para ser aprovado em plenário, o texto precisa ser aprovado por maioria simples, estando presentes pelo menos 41 senadores.